Viagem a Paris (dias 1 e 2)

Como eu disse no post anterior, nós voltamos ao Brasil. Vendemos algumas coisas que adquirimos nesse tempo de Irlanda, encerramos contas, saímos do apartamento... e deixamos a Irlanda definitivamente nas primeiras horas do dia 9 de março. Pegamos um ônibus de madrugada de Galway até Dublin (o bom é que as estradas estão vazias nessas horas e todo mundo vai dormindo), e de lá, pegamos um voo para a França às 6:35h da manhã. 

Como viajamos de Ryanair, uma companhia aérea irlandesa de baixo custo - com voos a partir de €10 - as passagens são baratas, mas o conforto é mínimo; porém, você não se importa, afinal os voos não demoram muito. De Dublin ao aeroporto de Beauvais - França foram 1h35, que passaram super rápido. Não lembro o valor exato das passagens, pois levamos toda a nossa bagagem junto, então, apesar do voo ser barato, o excesso de bagagem é caro (pode levar uma mala de 10kg + mala de mão sem pagar adicional). Se não me engano apenas as passagens foram em torno de €19. A própria companhia aérea ofereceu, na hora da compra das passagens, serviço de translado até Paris por apenas €15.90.

Enfim, com fuso horário, chegamos 9 horas da manhã, contando com o ônibus que deve ter demorado umas 2 horas, mais o táxi até a acomodação, chegamos a Paris quase meio-dia. Compramos uns sanduíches e bebida num Carrefour próximo, e fomos dormir. Estávamos muito cansados, provavelmente porque no ônibus para Dublin, só conseguíamos dar umas cochiladas. Quando acordamos, fizemos mais compras pra café da manhã e jantar, nada muito elaborado, mas para economizar não comendo sempre na rua. A acomodação foi alugada pelo Airbnb, e era um apartamento inteiro, portanto podíamos armazenar comida na geladeira, cozinhar, fazer café, usar torradeira, etc.

Paris é dividida por arrondissements, algo como os nossos bairros, e cada um tem uma numeração; quanto mais próximo ao centro, menor o número. Nós ficamos no 13º arrondissement. Apesar de ser longe, tínhamos duas estações de metrô a menos de cinco minutos a pé e um shopping center (Italie Deux) com mercado e várias lojas mais perto ainda, além de vários restaurantes. Você paga pela localização; se quiser ficar no pé da Torre Eiffel, vai pagar bem mais. 

No segundo dia, já bem descansados, começamos a trajetória para chegar na Disneyland Paris: pegamos o metrô da linha 6 na estação Place d'Italie até a estação Nation, para dali pegar o RER "A" até o parque. RER é uma sigla para Réseau Express Regional, e nada mais é do que o metrô suburbano, afinal, apesar do nome, a Disneyland NÃO fica na cidade de Paris, mas sim numa cidade menor chamada Marne-la-Vallée, a 32km a leste do centro de Paris. Demoramos quase uma hora entre metrô e RER, e a estação é quase dentro do parque.

Aquela sexta-feira estava bem nublada e fria, mas nada que tenha estragado a diversão. E também, nós queríamos ir logo para ter uma noção, se conseguiríamos aproveitar em um dia ou comprávamos entradas para um segundo dia. Existem dois parques: o Walt Disney Studios Park e o Disneyland Park, e nós compramos um bilhete único que podia ser usado nos dois (há outras opções no site). Em ambos há brinquedos e praças de alimentação, e você pode "esbarrar" em um dos personagens para uma foto. A diferença é que o Walt Disney Studios é mais focado na história da criação dos personagens, filmes e desenhos, e o Disneyland tem mais brinquedos.

Criador e criatura na entrada do Walt Disney Studios Park

De manhã conhecemos o Walt Disney Studios Park. Primeiro fomos na Twilight Zone Tower of Terror, que é bem assustadora, e na Rock'n'Roller Coaster, que é meio sem graça, nem a trilha sonora (Aerosmith) salva. Depois de uma meia hora de fila, batemos foto com o Mickey! Fomos no Tapete Mágico, mas era tão chato... o carrinho que pegamos era quase na altura do solo, então não teve emoção nenhuma. Entramos no Toon Studio, uma atração interativa que mostra a evolução da animação, os primeiros trabalhos e equipamentos do Walt Disney, até os mais recentes personagens (o filme Moana havia recém saído). 

Foto com o personagem mais icônico!

Como a atração do Ratatouille estava sempre lotada, parecia valer muito a pena, portanto resolvemos usar um dos três FastPass que cada um tem direito. Com ele, você meio que reserva um horário, assim não precisa ficar na fila por horas, é só chegar no horário que está no bilhete impresso na cabine do FastPass. Então deu tempo de almoçar, ver as lojas e bater várias fotos. E não é que valeu a pena? Foi uma experiência 4D muito bacana! Saindo do parque, encontramos o Pateta e, claro, mais fotos. O mais legal é que o ator realmente interpreta o personagem: ele é todo atrapalhado, gosta de pregar peças e nos fazer dar risadas.

(Tentativa de) Foto com o personagem mais engraçado!

À tarde dedicamos nosso tempo ao Disneyland Park. A entrada dele lembra uma estação de trem, e logo em seguida tem a Main Street, uma rua cheia de comércios de verdade, com lanchonetes, cafeterias, lojas de roupas, de lembranças, sempre com uma temática diferente. Ao final da rua está o clássico castelo da Bela Adormecida, você pode entrar mesmo nele e ver a roca de fiar onde ela espeta o dedo, e vários vitrais ilustrando a história.

Main Street e o castelo ao fundo

O Disneyland Park é o maior dos dois, e tem mais brinquedos radicais. A montanha-russa do Indiana Jones é legal, mas a Big Thunder Mountain, que imita uma mina abandonada, foi super divertida! Tem uma casa assombrada com trem fantasma, a Phantom Manor, com efeitos especiais bem produzidos. Sempre tem brinquedos fechados para reformas, e infelizmente eram as atrações dos Piratas do Caribe e Star Wars. O parque todo para na hora do desfile, às 17h. Se quiser uma boa visão, é bom chegar meia hora antes. É muito bonito, porém durou uns 10 minutos apenas. 

Carro das princesas no desfile

Depois do desfile, muitas atrações começam a fechar, e ainda tínhamos um bom tempo até o show final, às 20h. Àquela hora, já estava fechado o Alice's Curious Labyrinth (Labirinto da Alice), que eu queria ter ido, então nos contentamos com uma volta nas xícaras do Chapeleiro Maluco. Deu tempo ainda para um passeio de trem pela história da Branca de Neve e mais um passeio de bote chamado It's a Small World, que mostra bonecos com roupas e paisagens típicas de diversas partes do mundo, inclusive o Brasil está representado. 

Frente do Labirinto da Alice

Dependendo da época do ano, o parque abre e fecha em horários diferentes - quanto mais frio, menos horas de sol durante o dia e menos horas o parque fica aberto - e isso influencia também no valor das entradas. Naquela época (março, final do inverno na Europa), ambos os parques abriram às 10h, e o Walt Disney Studios fechou às 18h, então todo mundo vai para o Disneyland Park depois para ver o show de encerramento, às 20h, que dura aproximadamente uma hora. Vale a pena ficar até o final, é muito lindo e emocionante. Você sai de lá sem acreditar, parece um sonho e que voltou a ser criança. Só indo mesmo para sentir!

Depois do encerramento, cara de cansaço misturada com felicidade

Foi um dia bem intenso, agitado e cansativo. Chegamos na acomodação depois das 22h, e foi banho e cama, porque ainda tínhamos mais 5 dias pela frente! Mas isso fica para as próximas postagens :)