Voltamos!

Foi uma mistura de preguiça + falta de tempo + indecisão sobre continuar o projeto do blog, mas depois de 3 anos, voltamos!

Não sei quantas pessoas ainda leem blogs, já que hoje tudo é conteúdo de vídeo, mas ainda não me sinto confortável com isso. Prefiro escrever.

E agora que vou voltar a escrever, preciso pensar por onde (re)começar! 

Meses depois de retornar ao Brasil

Vou tentar resumir essa trajetória, e se for o caso, eu faço uma postagem só sobre algum tema específico no futuro.

Em 2017, decidimos voltar ao Brasil, não foi uma época fácil. A readaptação foi mais dolorosa do que imaginei, sem contar que ficamos um ano desempregados, morando de favor e fazendo bicos. Apesar do meu tempo livre, eu não tinha vontade de escrever. Falo um pouco sobre como foi esse período aqui. 

Enquanto ainda estávamos na Irlanda, as duas cachorras (já velhinhas) que estavam com meus pais morreram. Eu era muito apegada nelas, e foi triste não estar por perto nesse momento. Isso me deixava mais pra baixo ainda. Foi então que decidimos adotar uma, só que eu nem conseguia ficar nas feiras de adoção, era só ver um parecido com elas que batia uma saudade imensa. Depois de várias tentativas, achamos aquela que preencheu o vazio. Apresento a vocês a Bisteca!

Uma Bisteca recém-adotada!

No ano seguinte, já empregados, mas mesmo assim passando um período conturbado em vários aspectos, conversamos seriamente sobre retornar à Irlanda. Então, todo o dinheiro que sobrava, fomos juntando. Tomamos uma decisão difícil: eu (Débora) iria primeiro para a Irlanda, afinal estava complicado juntar dinheiro para os dois irem. E agora, tínhamos um "agravante": levar um cachorro! 

Minha despedida do Brasil

Em junho de 2019, desembarquei novamente na Ilha Esmeralda. Fiquei na casa de uma mulher que alugava quartos para estudante. Consegui emprego nos primeiros dias, já tinha a documentação necessária para trabalhar e fui indicada pelo meu amigo para trabalhar no mesmo hotel que ele. 

Cheguei no verão, época mais movimentada para o turismo. Trabalhei horrores! Ao mesmo tempo, comecei a procurar um trabalho mais tranquilo e acomodação para nós três. Só quem já esteve lá sabe como é concorrido.

Kylemore Abbey - Connemara - condado de Galway (Irlanda)

Foi então que, após várias entrevistas sem sucesso, resolvi me candidatar para uma vaga na Inglaterra. Uma conhecida já havia trabalhado na mesma empresa e morava na cidade; além disso, a empresa iria ajudar com custos de realocação, o que ajudou na decisão. Passei no processo seletivo e precisava começar em duas semanas! No final de agosto de 2019, eu desembarcava em Bournemouth, sudoeste da Inglaterra.

Durdle Door - condado de Dorset (Inglaterra)

Nova cidade, novo país, novos projetos... consegui alugar uma casa que aceitasse pets. Fabio comprou as passagens e iria chegar no ano seguinte com a Bisteca, desembarcando na França e cruzando o Eurotúnel até a Inglaterra. E o que aconteceu em 2020? Pandemia! Voos cancelados, fronteiras fechadas, companhias aéreas reduzindo frotas e não fazendo mais voos com animais. Todos os nossos planos por água abaixo. Tivemos que refazer os planos: Fabio viria sozinho no primeiro voo disponível direto para o Reino Unido e a Bisteca ficaria com os pais dele até tudo se normalizar. E foi assim que nos reencontramos após um ano longe!

Mas faltava "alguém", né? Entramos em contato com uma empresa de transporte e logística de pets, que nos ajudou no processo de trazer a Bisteca sozinha (posso falar sobre isso um outro dia). A maioria da documentação estava encaminhada, esperamos pacientemente as companhias aéreas retomarem o serviço. Foram várias remarcações, até que em julho de 2021 ela estava na porta da nossa casa, assustada e confusa! Incrivelmente, ela se adaptou super rápido.

É isso, continuamos aqui em Bournemouth, e tenho muita coisa pra contar pra vocês sobre como é viver aqui, e as inevitáveis comparações que fazemos com Irlanda e até mesmo Brasil. Mas fica para uma próxima...